Desculpe dar teus versos a outra
Desculpe não mais te pertencer

Desculpe cair em outros encantos, minha ninfa
Teu cabelo furta cor será o mais belo
E apesar de ter sido amante
Caí em emboscada, ato incerto

Desculpe dar teus versos a outra
E a ela entoar antigas canções
Profanando nossos templos
É dela agora tua chave dos jardins de Alure
Onde à noite rodeada de vagalumes
Ela dança

Por ódio
Tenho profanado meus próprios ídolos
Eu não me sirvo mais
A quem então eu sirvo?

Me ajuda a limpar um pouquinho
Os vidros quebrados
A sujeira que deixaram
Vem, pode entrar
Te deixo ficar
Só não mude os móveis de lugar
Porque preciso lembrar onde fica tudo.

Minha intuição não fala
Grita
Rasga
Tudo o que você tem medo de me dizer
Oh universo, quem é este ser
Que sabe de tudo
Que me ajuda de outro mundo?

Tudo o que vem de voce é flecha
Que atravessa e sangra
Bagunça e arranca
Tudo o que eu jugava verdade
E você disse que nunca miraria em mim
Que queria me ver bem
Mas você mirou
Lançou
Apontou
Aprontou
Desandou
Desapontou
Quebrou
Parou
Trocou
Acertou
Me acertou

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                   Eu cometi planos
                         fiz enganos
                   E nenhum está mais funcionando
                   como deveria estar

                   Não sei se percepção minha,
                   ou culpa da abstinência
                   mas aqui estou de novo
                   sem saber se vou ficar

                   Quero ir embora, oras!
                   Perder de novo
                   Gritar socorro
                   e depois voltar..

                   Que adianta ficar aqui
                   Sem submição
                   Vaga explicação
                   Arrancando choro
                   Sempre a duvidar